A Quarta Revolução Industrial e Seus Papéis na Área de Comunicação

Não se pode falar em revoluções sem considerar todo um reordenamento do que antes era considerado a base de desenvolvimento de um sistema organizacional. Em outras palavras, é possível dizer que o desenvolvimento das tecnologias de ponta que acompanharam o desenvolvimento humano nos últimos séculos se deve por conta de novas práticas e fórmulas, mesmo ainda não havendo um único sistema o qual tenha atingido a máxima capacidade deste determinado sistema, seja ele um sistema social, de produção ou de comunicação.

O objetivo deste artigo é ressaltar a relevância que a quarta revolução industrial (ou indústria 4.0) possui sobre os instrumentos de comunicação, e no comportamento interpessoal entre os indivíduos em uma sociedade.

Dentre os muitos avanços que ocorreram nos últimos anos estão em destaque a criação e a popularização das redes sociais, muitas vezes vistas como aquilo que Zygmunt Bauman refere-se em suas obras como a sociedade líquida. Ora, podemos dizer que os aplicativos de relacionamento são quase que praticamente o resultado de uma profecia auto-realizadora baseada nos trabalhos de pesquisa de Bauman. Pessoas como sendo parte de uma vitrine virtual, relacionamentos muitas vezes descartáveis e agregados a um sentido prático de utilidade.

Pela primeira vez na história, estamos não apenas evoluindo tecnologias, como agora contamos com o fator da previsibilidade. A principal diferença entre nós, humanos do século XXI, e os ingleses do século XVIII (do início da Primeira Revolução Industrial) é que nós sabemos exatamente quais passos devemos tomar, tanto com o cunho de maximizar nosso potencial produtivo, como também intercalar a produção com a comunicação.

Esse processo de intercalação é chamado de Internet das Coisas, um advento ainda recente na nossa história, que conta com tecnologias como equipamentos com sensores e inteligência artificial.

Muitas empresas estão esperando poder adotar nos próximos 10 anos, processos de rotas em veículos automatizados e em sincronia com o processo produtivo. Isto é, se uma fábrica precisa dos materiais A e B para fazer um produto C, o computador responsável pela produção pode medir durante todo o período de fabricação os estoques dos materiais A e B e já encomendar novas remessas antes destes estarem reduzidos no estoque da fábrica. Essa preparação maior agiliza os processos pois assim não é mais necessário interromper a operação da fábrica.

Artigo por Rafael Rodrigues

PALAVRAS CHAVE: Zygmunt Bauman; Inteligência artificial; Automatização total; Agilidade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

Publicações FIRJAN Panorama da Inovação Industria 4.0, Rio de janeiro. Abril/2016

BAUMAN, Zygmunt. A sociedade individualizada: Vidas contadas e histórias vividas. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.

Zygmunt Bauman, https://www.youtube.com/watch?v=LcHTeDNIarU&t=45s

Centro Universitário Belas Artes de São Paulo

Professor Tutor - Jaime Martin Veiga