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Usos do Metaverso na Vida Criativa

  • sonitaalmeida17
  • 16 de nov. de 2022
  • 3 min de leitura

Atualizado: 30 de nov. de 2022


O conceito de metaverso está sendo cada vez mais um foco da nossa atenção, e o seu conceito é antigo, tendo a palavra sido usada pela primeira vez no romance de ficção científica Snow Crash, de Neal Sthephenson, em 1982. No livro, as personagens utilizam de avatares para se conectar a um mundo virtual, muitas vezes para fugirem de uma realidade completamente distópica.


Hoje, pode-se dizer que o metaverso está longe de ser apenas ficção científica, mas ainda será necessário que haja uma ampla convergência de tecnologias; como também o aprimoramento das ferramentas que temos atualmente à nossa disposição para que seja feita a construção adequada desse universo virtual.


As grandes empresas de tecnologia, como a Meta e a Google, já trabalham ativamente para buscar a criação de ferramentas de imersão cada vez mais sofisticadas, como óculos de realidade aumentada que pesem menos ao usuário, e roupas adaptadas à conectividade com o mundo virtual. É provável que na próxima década estaremos integrados de maneira híbrida ao metaverso como nunca antes.


É primordial que o metaverso mimetize à sua própria maneira o universo real, caso queira se tornar também um espaço de eventos — como são as cidades para os seres humanos do presente. As cidades, ou os espaços urbanos são por sua própria natureza mutáveis e em eterna transformação. É por isso que será essencial para o metaverso que ele consiga manter essa capacidade de adaptação; não por uma questão de sobrevivência dele mesmo, mas do que ele é capaz de integrar, e dos indivíduos que o visitarão futuramente.


A palavra-chave ideal seria inovação. É isto que os pensadores e filósofos terão que analisar. Fica a dúvida, porém, se os criadores do presente terão tamanha relevância como têm hoje. Nas cidades, as pessoas, sejam elas da área da economia, da política ou artistas, possuem tamanha sinestesia que se torna quase impossível quantificá-la. Todos possuem energia de influência sobre todos, e com a arte não poderia ser diferente.

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Enquanto a ideia de cidade atua como uma casca, a qual aguarda ansiosamente o desabrochar de um evento, o metaverso comporta-se de maneira igual, necessitando apenas de ser preenchido com aquilo que é mais importante: a essência humana propriamente dita.



O Parc La Villete, em Paris, idealizado por Bernard Tschumi é fruto das suas ideias e estudos sobre espaço, evento e movimento. Trata-se de enxergar os espaços arquitetônicos como uma forma de arte, assim como o cinema e a música.


Pode-se dizer que as ideias de Tschumi não partem apenas da sua formação como arquiteto, mas também como educador e escritor. Ele não usa a teoria como base, mas sim como ponto de partida dos seus projetos. Como no caso do Parc La Villete, a sua teoria desconstrutivista é bastante utilizada, sendo pensado inclusive a maneira que o espaço será explorado. Ele comenta: “a teoria raramente é o ponto de partida de um projeto. É, antes, o quadro geral. Prática pode preceder a teoria, por mais que a teoria pode preceder a prática.”


É sobre também, retomar um valor antigo que há muito tempo vêm sendo perdido: as cidades como pontos de encontro das pessoas; e fazer a reconquista dos lugares usados apenas como linhas de deslocamento.


Portanto, é possível concluir que o metaverso necessitará de uma abordagem que faça a convergência híbrida do real e virtual com aproveitamento não apenas prático dos espaços, como também sendo vistos agora como locais de permanência e de encontro.


Artigo por Rafael Rodrigues




PALAVRAS CHAVE: Metaverso; Tecnologia; Realidade; Futuro; Virtualidade


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


SIMIONATO, Thaís Barrera. Bernard Tschumi e o Parc de La Villette. 2014. Trabalho Final de Graduação (Graduação em Arquitetura e Urbanismo) - Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2014. f. 68. DOI Adobe. Disponível em: <https://praticasprojetuais.files.wordpress.com/2014/06/thac3ads-simionato.pdf> Acesso em: 15 nov. 2022.


GOTO, Mattheus. O. In: O que é metaverso? Entenda a origem do termo e saiba como entrar nesse universo virtual. Brasil: Época Negócios, 27 abr. 2022. Disponível em: <https://epocanegocios.globo.com/Tudo-sobre/noticia/2022/04/o-que-e-metaverso-entenda-origem-do-termo-e-saiba-como-entrar-nesse-universo-virtu-al.html#:~:text=O%20termo%20%22metaverso%22%20veio%20do,%22)%20e%20%22universo%22>. Acesso em: 15 nov. 2022.


VEGA, Prof. Me. Jaime. Metaverso: Uma leitura do espaço público. São Paulo, 2022. Disponível em: https://graduacao.belasartes.br/pluginfile.php/74645/mod_folder/content/0/METAVERSO-UMA%20LEITURA%20DO%20ESPACO%20PUBLICO.pdf?forcedownload=1. Acesso em: 14 nov. 2022.



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